29 de novembro de 2012

Doce Novembro

Essas noites que tem passado me parecem tão familiares... é o clima de Novembro. Não é a toa que é o meu mês favorito. Curiosamente o NaNoWriMo (o desafio de escreva um livro em um mês) se passa justamente em Novembro, por mais que eu não tenha conseguido tempo/desejo/dedicação para participar esse ano. Ainda existem muitos Novembros por ai, não é como se o mundo fosse acabar em 2012... oh wait.

Engraçado é que nenhuma vez eu ouvi November Rain. É, eu sei, é piegas. Mas como chove em Novembro! Que mês mágico. É o mês que anuncia o começo do fim do ano, que nos prepara para as festas, para o Natal, os amigos ocultos, para a grande viradas, incansáveis listas do que fazer no ano que vem e de viagens sabáticas... que, infelizmente, não ocorrem todos os anos. 

Estou meio mal. Isso tem sido notado por ai. Muita pressão na faculdade, muito cansaço, vontade de procrastinar todos os dias. Isso não é mais possível. Novembro faz isso comigo mesmo. É como se fosse uma eterna viagem até aqueles Novembros mágicos nos quais eu não conhecia Sylvia Plath, mas ela já me conhecia tão bem. 

É Novembro e eu ouço Emiliana Torrini, como ouvi tantas outras vezes. Emiliana me acalma. Algumas coisas me deixam pra baixo. Esse sempre foi meu problema... pensar apenas no futuro. As vezes é difícil aceitar que certas coisas vão demorar ainda para chegar. Tantos sonhos que tem que ser adiados só mais um pouquinho, um pouquinho. Porque o hoje parece chato, apenas uma sequencia de dias até chegar ao tão sonhado final feliz, onde eu já terei decidido o que quero fazer, quem eu quero ser. Onde eu terei uma carreira, um marido, filhos. Onde eu serei dona do meu próprio nariz. Finalmente. Onde, pelo menos nos meus sonhos, eu estarei longe daqui. Tantas vidas que eu quero viver.

Odeio ser escrava do momento. Odeio estar presa aqui e agora, sem poder avançar algumas casas no tabuleiro. Onde as pessoas terão suas vidas e eu terei a minha vida, apenas minha. Minha vida, meu espaço, meu, meu, meu. Eu. É tão difícil ser você mesma, quando todo mundo parece ter um pitaco para dar. Todos tem uma opinião, um dedo que querem meter em sua vida. Nesse mês de Novembro eu não estou (apenas) depressiva, estou irritada. Comigo por não ser clara, com as pessoas por não terem suas próprias vidas e não permitirem que eu faça o mesmo.

Mas o fim de ano está ai. Já estão surgindo as luzes de Natal. Amanhã Novembro chega ao fim. Em grande estilo. Emiliana Torrini preenche o ambiente com seu "To Be Free" e com a lembrança do que foi e que, por mais que eu tente fazer com que volte, nunca mais será.

Finalmente.

9 de novembro de 2012

Da Gratidão

Viagem sabática de fim de 2011 para 2012. Tudo começa aqui. Foi dito profeticamente que 2012 seria o ano que mudaria tudo. Eu realmente queria acreditar naquilo. Eu realmente precisava de um ano em que rudo mudasse... pra melhor. 2011 foi um ano que tinha tudo para dar certo e acabou não dando. Tantos deslizes, tantos erros. Tantas decepções. A alegria das terças feiras desapareceu em questão de meses. Máscaras foram caindo. Enxaqueca voltou com toda força. Eu sei, no fundo, que 2011 serviu para inúmeras coisas. 2011 não era pra ser o ano da minha vida, mas o ano que motivaria todas as mudanças que dariam o impulso para tudo de bom que haveria de vir. 2011 era um ano de passagem. 

2012 chegou e com ele certezas. Uma série de coisas aconteceram e, bum, eu estava na UFRJ. Perdi coisas que eu amava, mas eu tinha conseguido entrar na faculdade. Lá minhas expectativas não foram alcançadas. Não da maneira que eu esperava. Eu descobri que não queria o que eu queria. Eu descobri que queria outra coisa. Felizmente essa outra coisa eu encontrei ali mesmo, na Letras. O processo de Boltização mais aula de Teoria Literária abriu minha mente para coisas que eu jamais imaginava.

Rompimentos de um lado, estreitamento de laços de outro. As coisas se encaixaram da forma mais perfeita que se poderia imaginar. Nada aconteceu como planejei, mas aconteceram do jeito certo. Perdi, mas perdi para ganhar. Chorei para poder sorrir. E eu não sabia. Quem poderia saber?

2012 está chegando ao fim e ele fará falta. 2013 começará com um chute na porta e mais projetos, mais sonhos. Que loucura quando a vida finalmente dá certo. É isso que é felicidade? Tão palpável, tão real. Trocando Vanguart por Belle & Sebastian. Algumas mudanças são boas. 

E o ano ainda não acabou. Novembro está ai, com suas chuvas e Guns N Roses para niná-lo e Dezembro que em breve chegará com suas luzes piscantes que aquecem meu coração. E então 2013... que, eu espero, seja ainda melhor.