14 de fevereiro de 2012

Expectativas

Gotta feeling 2012 is gonna be a good year...

A vida é assim, minha gente. Algumas portas se fecham, outras se abrem. Umas pessoas se vão, outras chegam. As vezes a gente aprende, as vezes a gente erra tudo exatamente igual. Ouvimos coisas novas, mudamos de estação favorita, crescemos, amadurecemos. O sol é meu melhor amigo, o vento refrescante do verão, que leva meus cabelos de um lado para o outro, enquanto eu vejo o Rio de Janeiro através dos óculos escuros, ao som de Los Hermanos. E não há outra banda que tenha tanto a ver com esse momento que estou vivendo. It's good to take these chances.

Algumas coisas em mim precisam passar por uma reciclagem, é claro. Aprender a não viver presa na ficção, mas deixar a realidade acontecer. Deixar acontecer. Sorrir, rodopiar quando sentir vontade, cantarolar canções de um verão com efeito vintage, com um arzinho folk, que faz sentir sono a tarde, depois do almoço, mas que ao mesmo tempo nos faz querer viver. Escrever. Sonhar. Nos permitir. Sem forçar as coisas, sem pressa. Esperamos tanto tempo, porque não esperar um pouco mais? Ouvir um pouco mais a voz de Deus. Agradecer Deus a todo momento. Quando se levanta e quando se deita.

Estudar. É, estudar. Vocês acreditam? Nem eu. Segurar as lágrimas é coisa para fracos. Chorem. De tristeza e de alegria. Estejam com os amigos. Os melhores. Dê prioridades aos que te puxam a orelha e depois te deem um abraço apertado. Esses que te amam de verdade, sabe. Descansem. Se guardem para quando o Carnaval chegar. Estarei escrevendo, pintando, lendo, assistindo Woody Allen, sonhando, me desfazendo das velhas mágoas, abrindo meu coração. Estarei sentada no píer da Lagoa Rodrigo de Freitas. Estarei, enfim, feliz.

12 de fevereiro de 2012

Canções do passado e a negação

Estava caminhando pela rua quando meu celular/mp3 player parou numa faixa. Aquela música me era tão familiar. Lembro-me de passar dias ouvindo-a, pensando num certo alguém. Ouvi a canção... e não senti nada. Zero. Como se aquela canção nunca tivesse sido minha. Pensei em "Se" e me lembrei de como até hoje um sorriso brota em meu rosto e como meu coração bate um pouco mais devagar, numa doce nostalgia, sempre que a ouço. Tudo bem, essa segunda canção era o hino do meu amor mais creep, mas que mesmo sendo estranho e sem sentido, era verdadeiro. Talvez não fosse amor. Tá bem, não era. Mas era algo. Algo suficientemente real para que até hoje aquela melodia ainda surta algum efeito em mim.

Ouvi Keep Fishin' e sorri. Não tem nada a ver. Não significa nada. Ou significa. Pelo menos não tem nada a ver com ele. Ele? Ele. Quem é ele? Provavelmente uma idealização que não possui forma humana de algo que eu gostaria que existisse. Tipo tipo The One. Não uma idealização pastelona de alguém que existe, mas que você não aceita como é, mas prefere criar uma versão de superiormente interessante. Sim, tipo tipo Charlie Brown. Não é um codinome muito criativo, eu sei.

Algumas coisas não fazem sentido - e nem tem que fazer - temos apenas que aceitá-las e respeitá-las. Mesmo sendo efêmeras. Cantei a música da Meg e sorri. Eu tenho sorrido muito. Ando sem fome também. Isso também não significa nada. Tá bem, é mentira. Não acreditem em tudo o que eu digo; por trás dessa pose de durona moderninha existe uma ultra romântica sonhadora que sofre de um enorme complexo de Mãe.

1 de fevereiro de 2012

Devaneios

Hoje eu estava quase corajosa. Por infinitos segundos delirei sobre virar a esquina, tocar sua campainha e esperar o resultado. Talvez em em uns dez segundos, como aqueles sonhos enorme que temos de três minutos, eu tenha sonhado que o amava com todo meu coração - e que ele me amava - e que casaríamos e teríamos quatro filhos. Eu tinha um pressentimento que hoje seria o dia. Olhei para todos os lados, para todos os rostos, atravessei de uma calçada para a outra. Diminuí o passo, pensei em ir em direção a nossa futura casa, mas respirei fundo e segui reto na avenida principal.