19 de agosto de 2012

O Fim.

Hoje eu não vou ser sincera, porque eu estou cansada disso. Hoje eu estou com raiva de ser mimimi, de ser fantasiosa. Estou cansada de tentar escrever e não conseguir porque não existe uma paz dentro de mim que organize meus sentimentos. Estou cansada de sentir. Cansada de ser atormentada pelo que foi e pelo que nunca vai ser. Cansada de tentar me enganar que algum dia vai ser. Estou cansada de ser.

Ser sincera foi o que sempre me colocou nessa posição. Mesmo quando eu não tentava, eu era pega pelas minhas atitudes, que sempre demonstravam o que eu queria e tentava esconder com mentiras escabrosas. 

Eu não sei qual caminho é o correto e eu sinto que eu avanço e retrocedo, não importa para onde eu decida seguir.

Eu decido desistir. Desistir de colocar em palavras esses sentimentos. Cansada do These Conversations Kill como eu um dia me senti do Wanna Be Uncool. Culpando os blogs eu não percebia que o problema estava comigo. Não eram os títulos ou as cores, mas o conteúdo. Era eu me expondo em cada palavra, em cada linha. Como eu sempre faço. Mostrando fraquezas.

Hoje TCK chega ao fim. Pelo menos com isso eu consigo acabar.

E quanto a aquelas coisas que eu não consigo matar, malditos super homens, ninguém jamais ouvirá sobre isso novamente. Ninguém jamais ouvirá sobre meus devaneios, meus desejos. E se algo em algum momento me trair não exitarei em extraí-los. Arrancar o brilho dos olhos. Isso pode nunca me trazer felicidade, mas isso já parece ser algo impossível de alcançar de qualquer forma.

15 de agosto de 2012

Bem x Mal

Vermillion Part 2 fica no repeat porque nada mais parece combinar com as palavras que estou prestes a escrever. Sim, é claro, outras músicas devem combinar com esse momento sombrio, mas sinceramente, não quero procurá-las. Nem sei se devo.

"I won't let this build up inside me". É talvez a frase que resumiria esse texto. Ou não. Meus textos não são planejados. Eles se escrevem ao longo do caminho e tudo o que eu faço é guiar o dedo pelas teclas. Entretanto é isso ai o que eu sinto que eu deveria fazer, só que as vezes é difícil. Não somos feitos de aço. Não somos Super Homens. Eu sou uma maldita anti-heroína que as vezes quer ver o sangue inimigo para sentir que a justiça está sendo feita. Arranhões não me satisfazem. Quero carnificina.

O ser humano continua me enojando. O que é complicado porque, na verdade, minha relação com ele é de verdadeiro amor e ódio. Os erros, as maldades não intencionais, mas que não deixam de ser maldades, as falhas de caráter, a maneira como perdemos nosso rumo, como nos esquecemos do que queríamos, de quem somos. Toda essa batalha diária para alcançar sabe-se lá Deus o que. Talvez apenas uma luta contra o relógio para aproveitar tudo o que queremos aproveitar antes que nossa jornada chegue ao fim. 

Mas o ser humano é cruel. Como se não bastasse ser cruel, eles ainda se disfarçam em pele de cordeiro. Não os chamarei de lobos. Os lobos não merecem tamanho insulto. Gente suja, que joga baixo, que passa a perna, que só quer ver o bem dos seus. Gente mesquinha. Gente escrota. Eu os odeio, mas o ódio é inútil. O ódio só gera ódio. Me torna igual a eles. Cheia de vontade de destruir vidas. Mas eu não quero ser assim. Não quero ser vingativa, porque não acredito em vingança. Não quero nutrir sentimentos ruins, porque eles apenas me destroem por dentro. Não quero me tornar o que eu tanto odeio. E pra piorar não quero mais odiar. Odiar é se importar. Que Deus me permita a indiferença, como se certas coisas nem estivessem acontecendo.

Mas elas acontecem e eu ainda não cheguei nesse estágio de paz interior. Não sou a favor do revidar, mas acho que é muito masoquista dar a cara a tapa. Há limites para o que uma pessoa deveria aguentar. E há limites para ser um filho da puta e se passar por filho de Deus.

E todos aqueles discursos que eu passei toda minha vida ouvindo, que me deixavam triste, hoje fazem sentido. Hoje eu entendo aquelas pessoas que se afastaram.

Acho que hoje eu só precisava escrever, botar pra fora. Admitir o sentimento é o primeiro passo para sublimá-lo. Transformar o mal em bem. Porque diferente o bem pode não sempre vencer o mal no mundo lá fora, mas bem que pode ser assim pelo menos dentro de mim.