21 de setembro de 2013

Algo sobre Esperança

Incrível como as coisas mudam.

Eu adoro essa montanha russa que é a vida. Nunca sabemos onde vamos parar. Mas como já disse Steven Tyler em Amazin' "life's a journey, not a destination" e a graça toda está exatamente em fechar os olhos, sentir o vendo batendo no seu rosto e curtir a viagem.

Qualquer uma.

O importante é estar sempre caminhando. Para frente, para o lado, nunca para trás. Olhar para trás apenas para aprender com seus erros. Nesses últimos tempos ouvi coisas duras, coisas difíceis,  aquelas que nos fazem entrar em conflito com nós mesmos. Aprendi a gostar delas. É ruim no começo, como mudar quem nós somos? Mas não é isso que fazemos a vida toda, mudar? E me atrevo a dizer que isso não é apenas uma característica dos geminianos, mas dos seres humanos em geral. Vi o que estava errado e estou fazendo o máximo para melhorar. Passei a entender melhor algumas coisas e acho que hoje posso dizer que me entendo, me aceito melhor e que consigo lidar muito melhor com as coisas ruins. Afinal, elas são apenas coisas ruins, e apenas um trecho do longo percurso. Uma curva perigosa na highway.

Planos mudam. Ano passado eu queria me casar, queria ter filhos. Não que eu não queira mais, esses planos estão anotados em algum lugar na minha listas de coisas para "fazer antes de morrer", mas hoje eu tenho novos planos para agora. Vai saber se esses também vão se realizar, mas meu ponto é: as coisas mudam, a gente cresce, amadurece, aprende, erra, dá com a cara na parede, mas a vida continua. Enquanto ainda estamos aqui.

As coisas parecem difíceis. Eu sempre fui uma pessoa muito idealista e, talvez por isso, tenha sofrido muito na vida. Além de ser muito ingenua sobre como o jogo funciona, provavelmente por nunca ter visto nada como um jogo. Tudo é sincero, é de coração, espontâneo e intenso. Viver uma vida medíocre com um casamento monótono, dinheiro na conta e presa num mesmo lugar nunca serviria para mim. Eu preciso amar o que eu faço, preciso estar por ai, descobrindo gente e lugares e sensações e ser reconquistada todos os dias como se minha memória fosse apagada assim que eu dormisse.

Talvez parte da minha ingenuidade seja crer que viverei essa vida. Mas acho que é isso que me mantem viva. O sonho. Dessa grande jornada, desse grande ciclo de vida. E tudo passa rápido demais. É como se de repente eu acordasse de uma longa hibernação e percebesse que há uma vida inteira a minha frente, esperando para acontecer. 21595 dias esperando para serem vividos.

E dançados, e cantados, e chorados, e ridos, e celebrados, com plumas, paetês, apitos, sussurros e gritos. Vividos até a última gota. Até o último suspiro.