12 de fevereiro de 2012

Canções do passado e a negação

Estava caminhando pela rua quando meu celular/mp3 player parou numa faixa. Aquela música me era tão familiar. Lembro-me de passar dias ouvindo-a, pensando num certo alguém. Ouvi a canção... e não senti nada. Zero. Como se aquela canção nunca tivesse sido minha. Pensei em "Se" e me lembrei de como até hoje um sorriso brota em meu rosto e como meu coração bate um pouco mais devagar, numa doce nostalgia, sempre que a ouço. Tudo bem, essa segunda canção era o hino do meu amor mais creep, mas que mesmo sendo estranho e sem sentido, era verdadeiro. Talvez não fosse amor. Tá bem, não era. Mas era algo. Algo suficientemente real para que até hoje aquela melodia ainda surta algum efeito em mim.

Ouvi Keep Fishin' e sorri. Não tem nada a ver. Não significa nada. Ou significa. Pelo menos não tem nada a ver com ele. Ele? Ele. Quem é ele? Provavelmente uma idealização que não possui forma humana de algo que eu gostaria que existisse. Tipo tipo The One. Não uma idealização pastelona de alguém que existe, mas que você não aceita como é, mas prefere criar uma versão de superiormente interessante. Sim, tipo tipo Charlie Brown. Não é um codinome muito criativo, eu sei.

Algumas coisas não fazem sentido - e nem tem que fazer - temos apenas que aceitá-las e respeitá-las. Mesmo sendo efêmeras. Cantei a música da Meg e sorri. Eu tenho sorrido muito. Ando sem fome também. Isso também não significa nada. Tá bem, é mentira. Não acreditem em tudo o que eu digo; por trás dessa pose de durona moderninha existe uma ultra romântica sonhadora que sofre de um enorme complexo de Mãe.

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