10 de junho de 2012

Sobre um relacionamento.

Eu estou em um relacionamento há quase um ano e meio. Eu amava meu objeto de afeição de todo meu coração. Esta é, na verdade, nossa segunda tentativa. Tivemos uma breve tentativa em 2008 que acabou não por falta de amor, mas por fatores externos que nos separaram. Eu sofri mas por algum tempo evitei pensar nisso. Mas músicas e lugares me lembravam aquele antigo amor. O visitei algumas vezes e via que, realmente, não tínhamos nascido para ficarmos juntos, pensávamos diferente víamos o mundo de maneira diferente. Ele sempre, meu amor, sempre tão conservador e eu tão free bird, sempre precisando da minha liberdade para voar por ai e de lutar pelo que eu acreditava.

Mas em 2010 a mesma coisa que me afastou dele fez com que nos aproximássemos novamente. Eu percebi ali que nunca o havia esquecido de verdade. Eu o amava verdadeiramente. Voltamos e eu estava verdadeiramente feliz. Suportando todas as dores, todos os problemas, todas as situações. Não precisou de muito tempo para que tudo se complicasse novamente, para que ficássemos distantes. Paramos de nos ver nos horários de sempre, seria apenas duas vezes durante a semana, e fui sendo colocada de lado para a entrada de coisas novas. Ele sempre gostou de novidades e principalmente as novidades que acrescentassem algo a ele. Sempre tão interesseiro. Seis meses de sofrimento, de humilhações. Seis meses sendo mulher de malandro.

No ano novo nos separamos, cada um foi para seu canto e eu tive um renascimento. Na tal viagem sabática de Itaipuaçu eu nasci de novo e passei a me perguntar se eu estava destinada mesmo a ficar com ele ou se tudo não passava de uma fase ruim. Cada dia que passava nos afastávamos mais e eu não via saudades por parte dele, apenas minha. Falta de quando eu era feliz e nós fazíamos parte de algo grande e lindo.

As lágrimas eram frequentes e os questionamentos rodavam meu coração todos os dias. Sempre que eu o via eu sentia meu coração aquecer e eu sabia que meus sentimentos continuavam iguais, mas ele continuava impassível e frio. Distante, como se só esperasse eu estender a toalha branca e me render.

Quando vale a pena continuar lutando e quando vale a pena desistir? E se essa for a última vez que eu ame e se eu nunca encontrar nada parecido? E se eu realmente não for boa o suficiente para ele? E se o problema está comigo? Se meus gostos, minha maneira de me vestir, de falar, de agir, minha falta de comprometimento é o que realmente atrapalha?

Quando amar deixa de ser o suficiente e a gente tem que assumir que acabou?

Um comentário:

  1. Amor não acaba. Amor não se tem. Se sente. Dia desses lembrei da explicação que dei a uma criança do Cacec (creche que fui voluntário) sobre amor. Era mais ou menos assim: "amor é a coisa que não é coisa que junta as coisas". Enquanto houver coisas para serem unidas, o verbo que não é transitivo transitará, não por entre elas, mas dentro das mesmas.

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