16 de maio de 2013

And it all comes back to... Engenheiros.

Crises existenciais me definem. Nesse último um mês, talvez um pouco mais, nada me define mais do que isso.

Crise de carreira. Crise de faculdade. Vontade de largar o trabalho, de trancar a faculdade. Crise de escrita, crise no relacionamento. Crises. Mas como eu sempre falo, crises são boas. Nem tudo se resolveu dentro de mim ou em minha vida, mas alguns parâmetros começaram a ser estabelecidos. O que a Nana faz e o que ela não faz. Até onde ela vai. Portas se abriram e estão fechando rapidamente sem chance alguma de retorno. Pois foi assim que eu fiquei depois de bater tantas vezes a cara na parede. Afinal, já chegamos àquela conclusão de que eu não nasci para ser Penélope. E de que jamais serei.

Nesse meio tempo acordei numa terça feira ensolarada e não vi mais sentido de nada. Acordei aos prantos pois nada mais fazia sentido. A vida parecia vazia. Um amigo havia partido e nada o traria de volta. Os anos que eu perdi, as chances que eu perdi, nada disso seria recuperado. Os e-mails não foram respondidos. Um relacionamento foi terminado. E a vida continua.

Alguns dos meus melhores momentos é quando estou em uma aula sobre Marcel Proust, em que muitas questões são levantadas e me fazem pensar sobre a vida, sobre o que eu quero dela. E então eu penso, o que me falta? Não é a paixão. Isso eu tenho e sempre tive até de maneira exagerada. Mas a coragem foge pelos dedos. A vontade foge pelos dedos. A vontade de escrever, a vontade de settle down, de casar e ter filhos. De repente todos os sonhos parecem distantes, inalcançáveis, como se fossem os sonhos de outra pessoa. A coragem de tentar, de arriscar, mais uma vez, mais uma vez.

A vida que segue parece mais fácil. Cansei do amor pelas causas perdidas, cansei de não desistir agora, cansei de pagar os pecados por ter acreditar que só se vive uma vez, cansei de acreditar em um amor 3x4, cansei da infinita highway, cansei de ser sincera como não se pode ser. E dessa vez nem Engenheiros parece mais surtir efeito. Matei as Anas, matei os Pedros, matei os Amores das Quatro Estações. Matei Robôs Gigantes. Matei. E, no fim de tudo, também morri.

Um comentário:

  1. Finalmente aprendeu a matar. Aprendeu a importância disso, espero. Viu que morrer é importante. Que é passado?

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