17 de julho de 2013

Sobre Quarta Feiras

As vezes bate aquela tristeza que ninguém sabe de onde vem. O desanimo, a vontade de ficar um pouco mais na cama, de assistir Doctor Who pelo resto do dia. De ouvir Yellowcard e lembrar de todas as vezes que eu ouvia Yellowcard, quando tinha livejournals e ficava escrevendo sobre pessoas que hoje em dia não estão mais na minha vida. É engraçado como de repente as pessoas param de importar e outras entram na sua vida e importam. Até que não importam mais. 

Ser humano é muito difícil. É uma complexidade de sensações de sentimentos. A gente ama e ao mesmo tempo não ama. Tem vontade de estar junto mas não quer. Tem medo, tem raiva, tem preguiça. Sofre mesmo sem motivo. Mas sempre tem um motivo.

Hoje é quarta feira. Eu não gosto de quartas feiras, quarta feiras aren't cool. Talvez haja um motivo escondido para não gostar esse dia. O motivo é, na verdade, bem óbvio. É o medo. O medo de perder o que não se tem.  Seres humanos são tão complicados que eles inventam cada coisa.

Mas na verdade todos os dias tem sido quartas. Quartas de chuva. E eu sinto hoje que não há Lagoa Rodrigo de Freitas que cure isso. Aquele sentimento de vazio, daquela adolescência perdidas, das noites perdidas ao som de Courtney Love... aquele mesmo vazio que volta para me puxar pelo pé. E as coisas perdem o sentido. A comida perde o gosto, as risadas são forçadas, o que se ama perde sua cor, as amizades se tornam cansativas. E as músicas são apenas repetições de outras vidas que se teve e que não vão voltar.

E Proust só torna tudo mais difícil. Quando a literatura se mistura com sua vida e sua paixão se torna quase destrutiva. 

Quase.

Mas é difícil respirar toda vez que eu paro para pensar. Ou para sentir. É sufocante ver que a vida que eu levo está tão distante da vida que me faria feliz.

Mas talvez esse seja meu destino. Queimar.

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