13 de março de 2014

Sonhos

Eu não acredito em destino, que algo vai acontecer de qualquer maneira porque "está escrito". Mas eu acredito que existe algo que move  todos nós, algo que se não fizermos nós nunca seremos completos.

Um dream job, o sonho de uma vida, uma cidade dos sonhos.

16 de janeiro de 2014

Sobre o amor e a liberdade

Quem me conhece sabe bem o grande amor que tenho por Free Bird. É minha música favorita na vida toda! Eu tenho essa coisa dentro de mim, que eu não sei ao certo o que é, que grita por liberdade, que precisa se sentir livre para ser feliz. Nada na minha vida funcionaria sem isso.

É verdade que eu adquiri uma liberdade muito grande muito nova. Desde meus 16 anos mais ou menos eu comecei a não ser tão cobrada assim. Não sei dizer se isso foi ruim ou bom, mas me transformou em quem sou hoje, me moldou. Morei sozinha, fiz minhas escolhas, me tatuei, pintei o cabelo, arrumei um emprego, paguei minhas contas, pintei minhas paredes, aboli os porta retratos. Dever algo para alguém tornou-se castrador. Me questionei se algum dia seria capaz de me casar, de dividir o mesmo teto, se pensar em alguém que não fosse eu mesma, se eu teria vocação para ser mãe. Tão desprendida, tão desgarrada.

Mas tudo isso não passava de uma visão distorcida de liberdade.

As pessoas julgavam que eu cansava delas porque eu era livre, geminiana, louca e precisava sempre de novas aventuras. Nunca pararam para pensar ou culpar a canceriana que há dentro de mim. A grande verdade é que não me canso das pessoas, mas das rotinas, do sentimento de castração, de me sentir presa, sufocada, de não poder ser eu mesma. Isso é o que me joga para longe, para nunca mais querer voltar.

As vezes parece que tudo o que vivi não passou de um grande ensaio. Que tudo o que me aconteceu até agora foi uma preparação para o que eu teria que passar, para quando chegasse o que realmente me faria feliz de verdade. É como se finalmente estivesse encontrando aquelas peças do quebra-cabeças que você acha que perdeu, mas que estavam ali o tempo inteiro.

Pareceu-me, de repente, que está tudo acontecendo, que está tudo um pouco mais próximo, que é só o começo de tudo, mas tudo mesmo. Que é tudo meu. Que tudo vai ser meu.

Com músicas, balões, tatuagens, carnavais, escritas, sangue, amizades, família, amor, liberdade.

Felicidade.


14 de dezembro de 2013

Sobre iluminação

As pessoas sempre tem mania de fazer longos discursos sobre como devo guiar minha vida. Sei que, na maioria das vezes, estão mandando só ideia certa. Mas pra mim sempre foi difícil tomar as atitudes corretas. O errado, o torto, o complicado me atrai, me cega e eu me afundo sempre em mares de coisas desnecessárias.
 
Ontem eu tive um momento de iluminação. Ele foi breve e simples e se firmou com o momento que tive horas depois. Ontem foi dia de revelações internas, de compreensão pessoal, de level up. Ontem eu entendi o que eu estava fazendo de errado e o que eu tinha que fazer.
 
Chame de Deus, chame de consciencia, de Genio, de Musa, de insight, epifania. O que importa foi que aconteceu.
 
De repente todos aqueles delirios de vida louca dos últimos meses se esvairam. Foram embora como pensamentos efêmeros, o que eram pra ser desde o ínicio. Tomaram conta do meu coração, me fizeram chorar por dentro - e por fora.
 
Eu descobri mais do que eu realmente queria; o que eu realmente precisava. E então tudo se clarou e fez sentido em frente ao cinema Estação. E tudo se concretizou, se tornou real e intenso durante uma explosão de sentimentos.
 
De repente eu me lembrei de quem eu sou e eu voltei para o meu corpo e lancei aquele espirito que se apossou de mim para longe. Eu voltei e estava tão segura como 2012.
 
2013 foi um ano blá. Tudo que estava indo bem em 2012 começou a ruir ou parar de fazer sentido. Tive um break down no primeiro semestre e minha vida deu uma viravolta. Então, tudo melhorou. Um pouco. Ainda esbarrei aqui e ali, fiquei confusa, ruí as unhas, amei, desejei, fui impulsiva. Não me arrependo. Eu precisava de tudo isso para chegar à esse momento com a certeza do que eu realmente preciso e de quem eu realmente sou.
 
Esse ano está, graças a Deus, chegando ao fim. E eu estou feliz por isso. Porque 2014 vai ser o ano da decisão, 2014 as coisas vão acontecer. Porque eu estou acreditando novamente,  porque eu estou me permitindo sonhar novamente. Porque eu não estou mais aceitando o amor que eu acho que eu mereço; mediocre e pela metade. Porque eu não estou mais vivendo uma vida na qual eu não acredito que eu não sou capaz de alcançar meus três maiores sonhos.
 
Porque eu estou me permitindo chorar. E porque eu, finalmente, estou cedendo. Eu estou pronta.
 
Venham.

23 de outubro de 2013

A arte de ser um filho da puta (e o feminismo)

Porque sempre é muito fácil para o homem ser filho da puta. 

Essa ideia de que o homem é naturalmente um ser sexual e que a mulher é um ser emocional transforma mostra como os conceitos da sociedade estão perdidos. Porque nem todo homem é um filho da puta e nem toda mulher fica esperando uma ligação no dia seguinte. Mas as pessoas insistem que é assim que é. Ou pior, que não pode ser de outro jeito. Um homem que repele uma mulher? Viado. Não existe homem integro, existe homem com tesão. As mulheres não podem ceder aos seus desejos carnais e dizer ao cara "ei, que tal um motel?" se não quiser ser uma vagabunda com quem o cara jamais vai querer sair novamente simplesmente porque ela teve atitude.

O homem é o machão e a mulher é submissa. Simples assim. Mulher que dá não é pra casar. Homem que não come não é homem. Qual é o problema das pessoas? 

Estava conversando com um amigo sobre Californication. O protagonista, Hank, é um ídolo. Tudo dá errado na vida dele, mas ele tá lá, entre erros e acertos, mulheres e bebidas, a filha e a mulher da vida dele, seu grande talento e sua falta de inspiração. Eu quero ser Hank Moody, eu disse. Então um amigo levantou a sobrancelha e perguntou "você quer estar com Hank Moody, não?" Não. Por que eu iria querer estar com alguém foda quando eu poderia ser esse alguém? Porque uma mulher não poderia ser o tal Hank Moody, se ela quisesse? Esteriótipos. A mulher tem que ser a Karen, que está lá para limpar as merdas dele, e não vice-versa.

Hank e Karen são um dos meus casais favoritos, top 5, provavelmente. Mas de todos os casais da ficção com os quais eu já esbarrei, não existe outro como Jesse e Tulipa para mim. Jesse não come um monte de mulher por ai porque só tem uma que ele quer. Tulipa é uma mulher independente, decida e acha que ele tem que aceitá-la exatamente como ela é. E isso não é o modelo de como as pessoas deveriam ser. Esse é apenas o meu modelo de casal perfeito.

Eu só acho que as pessoas deveriam ser menos hipócritas e se importar menos com a vida dos outros. O mundo é feito de caras filhos da puta, mulheres submissas, mas também de caras "bundões" e mulheres "vadias". Não estou aqui para julgar quem está certo e quem está errado, pois são valores muito abstratos. E vai muito mais da consciência de cada um do que de uma verdade universal.

21 de setembro de 2013

Algo sobre Esperança

Incrível como as coisas mudam.

Eu adoro essa montanha russa que é a vida. Nunca sabemos onde vamos parar. Mas como já disse Steven Tyler em Amazin' "life's a journey, not a destination" e a graça toda está exatamente em fechar os olhos, sentir o vendo batendo no seu rosto e curtir a viagem.

Qualquer uma.

O importante é estar sempre caminhando. Para frente, para o lado, nunca para trás. Olhar para trás apenas para aprender com seus erros. Nesses últimos tempos ouvi coisas duras, coisas difíceis,  aquelas que nos fazem entrar em conflito com nós mesmos. Aprendi a gostar delas. É ruim no começo, como mudar quem nós somos? Mas não é isso que fazemos a vida toda, mudar? E me atrevo a dizer que isso não é apenas uma característica dos geminianos, mas dos seres humanos em geral. Vi o que estava errado e estou fazendo o máximo para melhorar. Passei a entender melhor algumas coisas e acho que hoje posso dizer que me entendo, me aceito melhor e que consigo lidar muito melhor com as coisas ruins. Afinal, elas são apenas coisas ruins, e apenas um trecho do longo percurso. Uma curva perigosa na highway.

Planos mudam. Ano passado eu queria me casar, queria ter filhos. Não que eu não queira mais, esses planos estão anotados em algum lugar na minha listas de coisas para "fazer antes de morrer", mas hoje eu tenho novos planos para agora. Vai saber se esses também vão se realizar, mas meu ponto é: as coisas mudam, a gente cresce, amadurece, aprende, erra, dá com a cara na parede, mas a vida continua. Enquanto ainda estamos aqui.

As coisas parecem difíceis. Eu sempre fui uma pessoa muito idealista e, talvez por isso, tenha sofrido muito na vida. Além de ser muito ingenua sobre como o jogo funciona, provavelmente por nunca ter visto nada como um jogo. Tudo é sincero, é de coração, espontâneo e intenso. Viver uma vida medíocre com um casamento monótono, dinheiro na conta e presa num mesmo lugar nunca serviria para mim. Eu preciso amar o que eu faço, preciso estar por ai, descobrindo gente e lugares e sensações e ser reconquistada todos os dias como se minha memória fosse apagada assim que eu dormisse.

Talvez parte da minha ingenuidade seja crer que viverei essa vida. Mas acho que é isso que me mantem viva. O sonho. Dessa grande jornada, desse grande ciclo de vida. E tudo passa rápido demais. É como se de repente eu acordasse de uma longa hibernação e percebesse que há uma vida inteira a minha frente, esperando para acontecer. 21595 dias esperando para serem vividos.

E dançados, e cantados, e chorados, e ridos, e celebrados, com plumas, paetês, apitos, sussurros e gritos. Vividos até a última gota. Até o último suspiro.

31 de julho de 2013

Sobre Dualidades

Eu sou geminiana com ascendente em cancer e talvez isso devesse explicar tudo. Mas não explica. Porque é muito generalista querer decidir sua vida segundo o horóscopo. Algumas coisas, entretanto, parecem fazer um quê de sentindo. Provavelmente são só uma daquelas coincidências que me enlouquecem, das meninas de guarda-chuvas amarelos, virar à esquerda quando se deveria ir para a direita e todas aquelas coisas que parecem fazer algum sentido, mas que não fazem.

Existem duas Islands dentro de mim. Talvez até mais, mas essas são as mais importantes, pois são duas Islands que por essência se anulam. Uma Island quer encontrar um bom rapaz, atraente, magricelo, de barba e nerd para casar e ter Anakin, Pedro, Noah, Vivian, Alice, Scarlett e todos os outros filhos que quero ter na vida. Uma Island quer viver la vie hédonist. Beber todos os vinhos que não bebo, fumar todos cigarros que não fumo, ler todos livros que ainda não li, sentir todas as peles que ainda não senti, o gosto de todos os amantes, mudar de amigos com o humor. Uma Island quer uma vida simples na cidade que ela ama, mesmo sem conhecer outras. Uma varandinha na parte nobre da Tijuca daqui há uns 20 anos. Outra Island deseja se desapegar de tudo e de todos. Viajar por ai, Grécia, Peru, Califórnia, França, ter vários lares sem casa alguma. Uma Island quer ser uma pesquisadora, mergulhar no mundo dos livros, livros e bibliotecas, e suas texturas e fazer mestrados e doutorados, cada vez mais intelectualizada. Outra Island apenas quer escrever seus contos, seus romances e torcer para que eles encham seu estomago em Hydra.

Uma Island quer, no fundo, ser Penélope, ao menos uma vez na vida. Outra Island acha que não há razões para se privar dos prazeres instantâneos por causa de sonhos impossíveis.

Meus sonhos se fundem e se confundem, como cintilâncias (beijos Blanchot!) destoantes da minha alma. Meu lado hedonista tem cedido, tem se rendido aos prazeres de uma roda de cerveja e meaningless sex. Meu eu está cada dia mais franco, mais sincero, mais bocudo, sem se importar com as consequências. Afinal, cada pedaço do meu ser compreende que todas ações possuem reações e que devemos abraçar as recompensas que nossos atos nos proporcionaram, sejam elas boas ou não. São filhos da nossa inconstância, da nossa falta de paciência, da nossa malandragem, da nossa falta de sabedoria, da nossa ignorância. São os filhos bastardos expandidos de nossa consciência. 

Ah, consciência... se eu pudesse arrancava isso de mim! e vivia apenas de sensações.

Mas não posso. E escolhas precisam ser feitas e sofridas.

28 de julho de 2013

Sobre Esperança

Tenho me perguntado o que estou fazendo com minha vida. Esse primeiro semestre de 2013 foi o pior semestre que tenho em tempos. Parece que tudo combinou para ser um verdadeiro desastre. Talvez eu só precisasse me reinventar. Para sair da inércia as vezes precisamos mesmo queimar. Queimar nem sempre é algo ruim. É um combustível para nos fazer enxergar o que queremos e o que precisamos de verdade. Eu tenho, aos poucos, enxergado o que eu desejo. Ainda não sei os caminhos para chegar até lá, mas se soubesse seria trapaça. Spoilers, como River Song diria.

Muitas vezes me coloco em um papel como se ele fosse feito para mim, quando na verdade nosso destino está sempre mutando de acordo com nossas atitudes. Eu escolho como quero ser, como quero levar minha vida. Vi algo acontecer e perguntei "por que não foi comigo?" e então pensando bem agora percebo que não queria levar aquela vida.

Na virada de 2011 para 2012 eu disse que aquele seria o ano que mudaria minha vida. E ele foi. Me trouxe perspectivas perdidas, algumas que eu sequer sabia que tinha. Então deixei a escuridão entrar mais uma vez em meu coração e me perdi. Mas a luz no fim do túnel está lá, nos esperando um pouco mais adiante. O que nos separa é apenas uma esquina. Se deu certo uma vez, porque não pode dar novamente? Eu coloco minha fé, minha esperança, minhas fichas em 2013.2. All in. É isso o que fazemos no poker quando não temos nada mais para perder. Um all in com uma dupla de dois. Porque dois é o número mais solitário depois do numero um. Ou pelo menos é o que diz Aimee Mann. E eu acredito nela. Porque, ao som dela, sapos caíram do céu.

E assim, ao som de Wise Up, fico esperando por uma chuva de sapos e uma nova chance ao amanhecer. 

17 de julho de 2013

Sobre Quarta Feiras

As vezes bate aquela tristeza que ninguém sabe de onde vem. O desanimo, a vontade de ficar um pouco mais na cama, de assistir Doctor Who pelo resto do dia. De ouvir Yellowcard e lembrar de todas as vezes que eu ouvia Yellowcard, quando tinha livejournals e ficava escrevendo sobre pessoas que hoje em dia não estão mais na minha vida. É engraçado como de repente as pessoas param de importar e outras entram na sua vida e importam. Até que não importam mais. 

Ser humano é muito difícil. É uma complexidade de sensações de sentimentos. A gente ama e ao mesmo tempo não ama. Tem vontade de estar junto mas não quer. Tem medo, tem raiva, tem preguiça. Sofre mesmo sem motivo. Mas sempre tem um motivo.

Hoje é quarta feira. Eu não gosto de quartas feiras, quarta feiras aren't cool. Talvez haja um motivo escondido para não gostar esse dia. O motivo é, na verdade, bem óbvio. É o medo. O medo de perder o que não se tem.  Seres humanos são tão complicados que eles inventam cada coisa.

Mas na verdade todos os dias tem sido quartas. Quartas de chuva. E eu sinto hoje que não há Lagoa Rodrigo de Freitas que cure isso. Aquele sentimento de vazio, daquela adolescência perdidas, das noites perdidas ao som de Courtney Love... aquele mesmo vazio que volta para me puxar pelo pé. E as coisas perdem o sentido. A comida perde o gosto, as risadas são forçadas, o que se ama perde sua cor, as amizades se tornam cansativas. E as músicas são apenas repetições de outras vidas que se teve e que não vão voltar.

E Proust só torna tudo mais difícil. Quando a literatura se mistura com sua vida e sua paixão se torna quase destrutiva. 

Quase.

Mas é difícil respirar toda vez que eu paro para pensar. Ou para sentir. É sufocante ver que a vida que eu levo está tão distante da vida que me faria feliz.

Mas talvez esse seja meu destino. Queimar.

9 de julho de 2013

A Garota e o Verbo Esperar

Havia conjugado mentalmente o título desse texto muitas vezes. A última conjugação foi inspirada pela música da Fiona Apple e dos sinais que rondavam. Acontece que eu esqueço que sinais sempre foram apenas sinais e que essa música da Fiona é "amor às causas perdidas" feelings. E eu preciso tatuar essa frase logo para parar de ficar escrevendo isso em todos os lugares.

Fim de semana de muitas reflexões e a pior segunda feira da vida. Apaguem o último texto. Importa. Muito. "Hunger hurts and I want him so bad it kills me, cause I know I'm a mess he don't wanna clean up". Tá bom, trago Paper Bag de novo para jogo. Poucas músicas me definem tão bem quanto essa. Talvez Hurt regravada pelo Johnny Cash. É, talvez essa seja a música que mais me define.

Sorte que eu tenho amigos que abraçam forte e deixam as lágrimas escorrerem e estão ali para o que importa. Sem isso eu estaria realmente perdida.

Dói. Em algum lugar. Mas quando a gente fecha todas as frechas por onde sentimentos são capazes de passar a gente parar de sentir. Para de sofrer, para de amar. Mas talvez essa seja a única solução e eu estou disposta a abraça-la.

A menina que não esperou. A menina que esperou (e continua esperando) mesmo sem esperar. A menina que queria esperar porque a fome dói, mas passar fome vale a pena quando o preço é muito alto para amar. 

A menina está cansada de esperar por coisas que não vem.

And time is ticking.

Tick. Tick. Tick.


5 de julho de 2013

Sobre Perceber

Hoje foi um dia atípico no meu último mês. Foi um bom dia.

Ele começou dando certo e assim foi. Segundas chances, pessoas, quarto limpo, trilha sonora, livros, pessoas, conversas, pessoas, pessoas, pessoas, peteca. Um sentimento de preenchimento, de não mais apenas um dia gasto, mas uma série de pequenas coisas que foram boas o suficiente para me fazer deitar a cabeça no travesseiro e pensar antes de apagar "este foi um bom dia".

Então, em um determinado momento, provavelmente um dos pontos mais altos do meu dia, eu percebi. Ali, com o vento na cara e os cabelos balançando. Percebi. E notei que não senti falta, pelo menos não até aquele momento. Pensei em quebrar a greve, mas Fiona Apple ensinou que passar fome por vezes é bom. Por amor às causas perdidas e coisas assim.

Eu percebi. Será que fui a única?

O mais importante: será que importa?